Veterano da Larian sugere volta do Final Fantasy clássico

Final Fantasy clássico pode vender milhões se apostar nos turnos, diz executivo da Larian

O diretor da Larian Studios acredita que um Final Fantasy clássico, focado em batalhas por turnos, pode vender até 15 milhões de cópias e ainda atrair o público nostálgico, equilibrando tradição e inovação no mercado atual.

O debate sobre o futuro da franquia Final Fantasy voltou a ganhar força após declarações de Michael Douse, diretor de publicação da Larian Studios, estúdio responsável por Baldur’s Gate 3. Para Douse, existe sim um grande desejo — e um público fiel — por um RPG de turnos clássico, repleto de história cativante e personagens memoráveis.

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Essa visão vai na contramão das recentes apostas da Square Enix, que tem focado em sistemas de ação em tempo real. Segundo Douse, um retorno às raízes não só seria bem recebido, como também poderia vender entre 9 e 15 milhões de cópias, sem a necessidade dos altíssimos orçamentos que os jogos atuais da franquia demandam.


Ainda há espaço para os RPGs de turno?

O apelo do veterano da Larian não surgiu do nada. Nos últimos anos, diversos títulos provaram que o modelo tradicional de combate em turnos continua forte no mercado. O exemplo mais recente é Clair Obscur: Expedition 33, que chamou atenção ao misturar nostalgia com inovação em sua proposta moderna de RPG por turnos.

Para Douse, o segredo está justamente no equilíbrio entre o clássico e o novo. Os jogadores estão prontos para premiar os estúdios que respeitam as raízes do gênero, mas que também se esforçam para entregar experiências renovadas e relevantes para o público atual.


Square Enix em busca de um rumo para a franquia

A própria Square Enix tem dado sinais de incerteza sobre o futuro de Final Fantasy. Recentemente, executivos da empresa admitiram que ainda não definiram o rumo dos próximos títulos, incluindo os aguardados Final Fantasy XVII e XVIII.

Esse cenário de indecisão abre espaço para reflexões como a de Douse. Afinal, em uma indústria pressionada por altos custos e expectativas cada vez mais irreais, um projeto mais focado, inspirado no estilo clássico, poderia ser um alívio financeiro e ainda gerar grande impacto comercial.

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O impacto das batalhas em turnos no mercado atual.Mesmo com a ascensão dos RPGs de ação, os jogos de combate por turnos continuam relevantes. Eles oferecem uma experiência estratégica, menos dependente de reflexos rápidos, e mais focada em planejamento e narrativa.

Títulos de sucesso como Octopath Traveler e Persona 5 provam que há espaço — e lucro — para essa vertente no mercado. O que Douse propõe não é um retorno puramente nostálgico, mas uma adaptação inteligente que respeite as origens e dialogue com o presente.


Existe desejo e público por um Final Fantasy clássico?Com franquias se reinventando para manter relevância, a proposta de Michael Douse parece fazer muito sentido. O sucesso de Baldur’s Gate 3, que apostou na profundidade narrativa e no combate estratégico, é prova de que o público ainda valoriza histórias bem contadas e gameplay refinado — sem precisar abandonar os turnos.

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Além disso, jogos com menor custo de produção podem gerar grandes lucros, especialmente quando entregam o que os fãs esperam: narrativa forte, personagens marcantes e gameplay clássico com toques modernos.


O apelo do diretor da Larian é um reflexo do desejo de muitos fãs, mas a decisão final cabe à Square Enix. Se a empresa optar por ouvir sua base fiel, um novo Final Fantasy clássico pode estar mais perto do que imaginamos.

Enquanto isso, o debate permanece aberto: será que veremos o renascimento dos RPGs de turno no topo das grandes franquias? Ou a Square continuará apostando em ação frenética e visuais cinematográficos?

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fonte IGN


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