A Ubisoft confirmou oficialmente que um novo Ghost Recon está em desenvolvimento. O CEO Yves Guillemot anunciou a novidade durante uma reunião com acionistas, revelando que a franquia tática retorna após o fracasso de Breakpoint.
A Ubisoft quebrou o silêncio sobre o futuro de Tom Clancy’s Ghost Recon. Durante uma reunião recente com acionistas, o CEO Yves Guillemot confirmou que um novo título da série já está em desenvolvimento. A revelação oficial veio para consolidar os rumores que circulavam desde o começo do ano, indicando que o projeto estaria próximo do estágio Alpha. O CFO da empresa, Frederick Duguet, também se manifestou, sugerindo que o novo jogo terá forte apelo em mecânicas de serviço contínuo — uma abordagem que a Ubisoft já vem explorando em outras franquias.
Apesar da empolgação gerada, a empresa ainda não divulgou detalhes específicos sobre o game. O comunicado oficial reforça apenas a importância da marca para a Ubisoft e para sua comunidade de fãs. “Ghost Recon é uma marca importante e amada para a Ubisoft e para nossos jogadores, e estamos ansiosos para compartilhar mais quando o tempo certo chegar”, afirmou a empresa.
O fantasma do fracasso de Breakpoint
Lançado em 2019, Ghost Recon: Breakpoint foi um dos grandes tropeços da Ubisoft na última década. Mesmo sendo o sucessor do bem-sucedido Wildlands, o jogo sofreu com falhas técnicas, problemas de gameplay e decisões polêmicas, como a implementação de NFTs. Tudo isso afastou jogadores e manchou a reputação da franquia, levando-a a um período de dormência.
Breakpoint acabou se tornando um símbolo das dificuldades da Ubisoft em manter sua relevância no mercado de jogos AAA. A fraca recepção impactou não só a franquia Ghost Recon, mas também a confiança dos investidores e da base de fãs da companhia.
Frontline: A tentativa frustrada de Battle Royale
Em uma tentativa de reinventar a série, a Ubisoft chegou a anunciar Ghost Recon Frontline, um projeto que apostava em elementos de live service e no estilo battle royale. Porém, a reação negativa dos fãs e a resistência de parte da equipe de desenvolvimento fizeram a empresa cancelar o projeto antes mesmo de um lançamento em testes.
Esse episódio reforçou a percepção de que a comunidade não busca mudanças radicais na identidade da franquia, mas sim uma evolução de suas características principais: ação tática cooperativa, mundo aberto e jogabilidade realista.
Aposta no modelo live service
Mesmo com os erros do passado, a Ubisoft parece determinada a seguir explorando o formato live service em suas principais franquias. Segundo Duguet, o recente investimento da Tencent será essencial para garantir que o novo Ghost Recon consiga alcançar as metas da empresa nesse modelo de negócio.
O objetivo é posicionar o título ao lado de sucessos contínuos como Rainbow Six: Siege e The Division, ambos exemplos de jogos que se mantêm relevantes por meio de atualizações regulares e forte presença no cenário competitivo.
Por enquanto, não há informações oficiais sobre ambientação, história ou gameplay do próximo Ghost Recon. No entanto, o histórico da Ubisoft indica que o game deve seguir as tendências atuais do mercado, equilibrando elementos tradicionais da franquia com recursos voltados para o multiplayer e o serviço contínuo.
A expectativa é que a empresa compartilhe novidades concretas nos próximos meses, possivelmente em um de seus eventos proprietários, como o Ubisoft Forward. Até lá, os fãs seguem na espera — com esperança e um certo ceticismo.
Ghost Recon volta, mas precisa reconquistar seu público
O retorno de Ghost Recon é uma notícia importante para a Ubisoft, mas também um grande desafio. Depois dos tropeços de Breakpoint e do cancelamento de Frontline, a desenvolvedora precisa provar que aprendeu com os erros e que está pronta para entregar uma experiência digna do legado da série.
Resta saber se o novo projeto será capaz de equilibrar as expectativas do público com as ambições comerciais da Ubisoft. O sucesso desse próximo capítulo pode ser decisivo para o futuro da franquia — e da própria confiança dos jogadores na empresa.
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Fonte: VGC