Techland Cancela Dois Jogos Após Prejuízo Histórico e Aposta Tudo em Dying Light: The Beast

O Fim de Uma Era e o Início de Outra?

A Techland, estúdio polonês responsável por uma das franquias mais aclamadas do gênero zumbi nos videogames, está passando por uma das fases mais delicadas de sua trajetória. Com dois projetos cancelados, um prejuízo histórico de mais de 31 milhões de euros (cerca de R$ 197 milhões), e um futuro incerto, a empresa agora aposta tudo em um novo título: Dying Light: The Beast.

Dying Light: The Beast acerta ao trazer mudanças e novidades muito  bem-vindas a franquia | Preview

Com lançamento previsto para agosto de 2025, o spin-off chega como a última esperança da produtora para retomar sua estabilidade financeira e criativa. Mas o que levou a Techland a este ponto crítico? E por que Dying Light: The Beast pode ser o divisor de águas da desenvolvedora?

Neste artigo, você confere uma análise completa da situação da Techland, o impacto do cancelamento dos jogos, detalhes sobre o novo projeto, e o que esperar do futuro da franquia Dying Light.


O Prejuízo Milionário e o Silêncio de Anos

A Techland não lançava um novo título desde fevereiro de 2022, quando finalmente colocou no mercado Dying Light 2: Stay Human. Apesar de boas vendas no lançamento — mais de 5 milhões de cópias no primeiro mês — o jogo enfrentou críticas mistas, principalmente por problemas técnicos e promessas não cumpridas em sua narrativa expansiva e sistema de escolhas.

Dying Light: The Beast - Launch Date Announced - Deltia's Gaming

Em seu relatório anual mais recente, a empresa divulgou um prejuízo superior a 31 milhões de euros, o maior de sua história. Esse valor representa o segundo ano consecutivo com perdas, levantando sérias dúvidas sobre a viabilidade de seus projetos futuros e o modelo de negócios baseado em atualizações contínuas e grandes expansões.

A falta de novos lançamentos, aliada ao aumento de custos operacionais e à estagnação na produção de DLCs relevantes para Dying Light 2, agravou ainda mais a situação da empresa.


Cancelamento de Dois Jogos e Fim das Expansões Narrativas

Com o objetivo de enxugar os custos e reestruturar o foco criativo, a Techland anunciou o cancelamento de dois projetos internos. Embora os títulos não tenham sido oficialmente revelados, fontes do setor apontam que um deles era o ambicioso RPG de ação em mundo aberto, apresentado pela empresa em 2022 como a sua primeira nova IP em quase uma década.

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Esse RPG prometia entregar uma experiência digna de nova geração, com mundo vasto, liberdade narrativa e exploração vertical — contando com veteranos da CD Projekt Red, criadores de The Witcher 3 e Cyberpunk 2077, no time de desenvolvimento. Sua morte precoce representa um golpe profundo nas ambições da Techland de diversificar seu catálogo além do universo Dying Light.

Como parte dessa reestruturação, a Techland também encerrou a produção de DLCs narrativas para Dying Light 2, indicando que a empresa abandonou a ideia de suporte contínuo com expansões de história — um dos pilares da longevidade do primeiro jogo da franquia.


Dying Light: The Beast — O Renascimento de uma Franquia

No entanto, nem tudo são más notícias. A Techland confirmou que seus esforços agora se concentram em Dying Light: The Beast, um projeto que nasceu como expansão de Dying Light 2, mas cresceu a ponto de se tornar um jogo completo e independente.

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Segundo a própria desenvolvedora, o título será lançado como um spin-off do universo Dying Light, com narrativa e estrutura próprias. Ou seja, jogadores poderão mergulhar na nova experiência mesmo sem ter jogado os títulos anteriores da série.

A proposta de The Beast é oferecer uma aventura mais focada, intensa e inovadora, sem perder a essência parkour + zumbis + ação brutal que consagrou a franquia.

Dying Light: The Beast ∙ Dying Light - Offizielle Webseite

O que já sabemos sobre Dying Light: The Beast

  • Plataformas previstas: PS5, Xbox Series X|S e PC
  • Lançamento estimado: Agosto de 2025
  • Tipo de jogo: Spin-off single-player com narrativa fechada
  • Diferenciais: Combate aprimorado, novas mecânicas de movimentação, inimigos inéditos e uma ambientação mais sombria

O jogo está sendo chamado internamente de “o futuro dos games”, e a Techland afirma que está apostando em uma abordagem mais enxuta, imersiva e emocional, com uma história mais coesa e centrada em um novo protagonista.


Por Que a Techland Está Apostando Tudo Nesse Jogo?

A resposta é simples: sobrevivência e reinvenção.

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Após o colapso de seus planos paralelos e a perda de credibilidade com uma parcela dos fãs, a Techland precisa de um projeto que seja mais do que um jogo: ele precisa ser um marco de recuperação.

Com menos tempo de desenvolvimento do que um AAA tradicional e menor dependência de atualizações pós-lançamento, Dying Light: The Beast tem potencial para ser lucrativo mais rapidamente — um fator essencial para uma empresa em crise.

Além disso, o spin-off oferece a oportunidade perfeita para reconquistar a base de fãs decepcionada com a direção que Dying Light 2 tomou após seu lançamento.


Como a Comunidade Reagiu aos Cancelamentos?

A notícia pegou muitos fãs de surpresa, especialmente os que acompanhavam com empolgação o RPG anunciado em 2022. Em fóruns como Reddit e ResetEra, a sensação predominante é de frustração e incerteza, mas também de esperança cautelosa quanto ao novo jogo.

Alguns comentários refletem isso bem:

Dying Light: The Beast - milion oczekujących? Nic dziwnego

“Eu estava mais empolgado com o RPG do que com qualquer Dying Light. Uma pena.”

“Se Dying Light: The Beast for realmente uma experiência sólida e diferente, talvez a Techland consiga se redimir.”

“Espero que isso não signifique demissões internas…”

Por enquanto, não há confirmação oficial sobre demissões, mas a reestruturação interna levanta preocupações sobre possíveis cortes de pessoal nos próximos meses.


A Aposta em um Novo Projeto Secreto

Além de Dying Light: The Beast, a Techland revelou que já está iniciando um novo projeto para substituir os jogos cancelados. Ainda não há detalhes sobre esse título, mas analistas acreditam que ele será algo mais modesto e direcionado a públicos específicos, ao invés de uma superprodução arriscada como o RPG cancelado.

Trailer de Dying Light The Beast confirma lançamento para 2025; confira -  GameBlast

A empresa parece estar caminhando para um modelo mais sustentável, com foco em lançamentos menores, porém com mais impacto, e que permitam retorno financeiro mais rápido.


O Legado da Techland e a Dificuldade de Se Reinventar

A Techland é uma empresa que sempre caminhou entre a inovação e o risco. Seus primeiros grandes sucessos foram com a franquia Call of Juarez, mas foi com Dead Island e, principalmente, Dying Light (2015) que o estúdio se consolidou internacionalmente.

Dying Light

Dying Light introduziu um sistema de parkour fluido e dinâmico, ambientação rica e mecânicas de dia e noite que aumentavam significativamente o perigo e a tensão. O sucesso foi tanto que o jogo ganhou suporte por mais de cinco anos, com DLCs, eventos e até expansões como The Following.

No entanto, o salto para Dying Light 2 foi mais turbulento do que o esperado. E agora, com os erros do passado pesando sobre o presente, o futuro da Techland depende de uma única aposta bem-sucedida.


Conclusão: O Último Fôlego da Techland?

Dying Light: The Beast representa mais do que um simples spin-off. Ele é o símbolo de resiliência de um estúdio que já esteve no topo e agora luta para voltar a ser relevante em um mercado cada vez mais competitivo.

Dying Light: The Beast

Com um prejuízo histórico nas costas, dois jogos cancelados e a pressão dos fãs, a Techland não pode errar. The Beast precisa ser uma obra sólida, divertida e inovadora, capaz de conquistar tanto os fãs antigos quanto novos jogadores.

Se conseguir entregar isso, a Techland pode não apenas sobreviver, mas iniciar uma nova fase de sua história. Caso contrário, o estúdio corre o risco de se tornar mais um nome entre os muitos que não resistiram às pressões da indústria moderna.

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Fonte: VGC

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