O criador de No Man’s Sky, Sean Murray, surpreendeu a comunidade ao brincar nas redes sociais que pagaria mais de US$ 20 por Hollow Knight: Silksong. O gesto divertido reforça o enorme hype em torno do próximo Metroidvania da Team Cherry — que, mesmo após anos de espera, chegará por um preço incrivelmente acessível.
Seis anos de espera. Um dos jogos indie mais aguardados do mundo. E um preço que parece ir na contramão da indústria. Hollow Knight: Silksong finalmente teve o valor confirmado: apenas US$ 20. A reação da comunidade foi imediata — e até nomes de peso do mercado, como Sean Murray, criador de No Man’s Sky, entraram na brincadeira.
A internet foi à loucura quando Murray publicou uma versão de um meme famoso, implorando para poder pagar mais do que o valor anunciado pela Team Cherry. A piada, simples e cativante, capturou o sentimento coletivo: os fãs não só querem jogar Silksong, como sentem que o jogo vale muito mais.
Essa interação descontraída reforça algo maior: a relação cada vez mais próxima entre desenvolvedores e comunidade. O próprio No Man’s Sky se tornou exemplo de redenção, com anos de atualizações gratuitas que transformaram um lançamento controverso em um fenômeno respeitado. Agora, com Murray virando protagonista do meme, a atenção volta para Silksong — e para o quanto ele significa para o cenário dos indies.
Hollow Knight: Silksong é a sequência direta de um dos Metroidvanias mais aclamados da última década. O jogo original conquistou crítica e público, oferecendo um vasto mundo, combates desafiadores e um nível de polimento raro para um título independente. Naturalmente, a expectativa para a sequência cresceu exponencialmente.
Enquanto o mercado AAA flerta com preços cada vez mais altos — chegando a US$ 80 — a Team Cherry segue fiel a um modelo mais acessível. Com Silksong custando apenas US$ 20, a decisão parece uma celebração da filosofia indie: qualidade acima de monetização agressiva. Esse detalhe reforça o vínculo emocional com a base de fãs, que não só compraria, mas, como o meme de Sean Murray sugere, pagaria mais com prazer.
O que esperar daqui pra frente?
Seis anos de desenvolvimento significam que Silksong chega cercado de promessas. Espera-se um mapa ainda maior, mecânicas refinadas e um foco maior em velocidade e verticalidade no combate, já que a protagonista Hornet possui um estilo de movimentação mais ágil. O valor acessível também sugere uma estratégia de alcance: quanto mais gente puder jogar, maior o impacto cultural e financeiro a longo prazo.
Além disso, a interação de Murray cria um efeito colateral positivo: mais visibilidade orgânica. O gesto espontâneo virou notícia, memes e discussões em fóruns e redes sociais — tudo sem um único anúncio pago. Para um jogo que já tem status lendário antes mesmo do lançamento, isso só alimenta ainda mais a chama.
A indústria de jogos vive um momento curioso. De um lado, produções milionárias que arriscam preços altos e monetizações agressivas. Do outro, experiências independentes que conquistam pelo carisma, qualidade e proximidade com a comunidade. O sucesso de Silksong, ao que tudo indica, reforçará o poder dessa segunda via.
Para os fãs, resta esperar que a longa jornada valha cada segundo. O preço baixo, a qualidade do estúdio e o carinho demonstrado por veteranos da indústria são sinais claros de que Hollow Knight: Silksong não será apenas um lançamento: será um marco.