Mario & Sonic nas Olimpíadas de Tóquio 2020 quase foi um dos maiores crossovers da história dos videogames, com personagens de Dragon Ball, Minecraft, Pokémon, Zelda, Street Fighter, Metal Gear e até franquias da Sony e Microsoft — mas a Nintendo cancelou o projeto.
Uma oportunidade única perdida pelos fãs
Durante o desenvolvimento de Mario & Sonic at the Olympic Games Tokyo 2020, os fãs quase testemunharam um dos maiores crossovers já feitos nos videogames. Segundo o produtor Lee Cocker, havia planos para incluir personagens de diversas franquias icônicas além de Mario e Sonic, como Goku (Dragon Ball), Link (The Legend of Zelda), Pikachu (Pokémon), Steve (Minecraft) e até heróis de Street Fighter, Metal Gear e propriedades da Sony e da Microsoft. A revelação veio através de uma conversa com fãs nas redes sociais, e deixou a comunidade gamer dividida entre fascínio e frustração.
Super Smash Bros. perderia o trono?
A ideia era tornar o game olímpico um tributo global à cultura dos jogos, aproveitando que os Jogos de Tóquio 2020 seriam em território japonês — o berço de tantas dessas franquias. A ambição era clara: superar Super Smash Bros. como o maior crossover da indústria. Cada personagem participaria de modalidades específicas, o que criaria momentos únicos e equilibrados entre os estilos dos personagens. No entanto, mesmo com o apoio inicial da SEGA, as negociações de licenciamento desandaram.
O motivo por trás do cancelamento
Cocker explicou que a proposta inicial foi engavetada ainda nas fases preliminares do desenvolvimento. A Nintendo e a SEGA decidiram seguir com o modelo tradicional da franquia, focado apenas em Mario e Sonic. Os obstáculos para adquirir e gerenciar as licenças de tantas marcas e personagens distintos foram decisivos. A chance de ver personagens da Nickelodeon, Persona ou até da PlayStation competindo lado a lado foi definitivamente descartada. O público, que sequer sabia que essa ideia existiu, se sentiu “roubado” com a revelação.
As Olimpíadas poderiam ter sido lendárias
A presença de Goku em uma prova de salto em distância, ou de Link enfrentando Ryu no judô, parecia improvável, mas fazia parte do plano. Esse tipo de integração de personagens nunca foi explorado em um jogo olímpico, e teria representado um momento histórico. A revelação gerou discussões acaloradas nas redes sociais, com fãs lamentando a decisão da Nintendo e imaginando o impacto cultural que esse jogo poderia ter tido.
Sega ainda tenta entregar algo semelhante
Apesar da desistência olímpica, a SEGA parece ter reutilizado parte da ideia no jogo Sonic Racing: CrossWorlds. O novo título promete unir diversos personagens de universos distintos, incluindo Hatsune Miku, Steve e Alex de Minecraft, Ichiban Kasuga (Yakuza), Joker (Persona) e figuras da Nickelodeon. Ainda que não seja o mesmo projeto, CrossWorlds promete ser o crossover que os fãs perderam em 2020 — ainda que em outro gênero.
O que esperar daqui pra frente?
Essa revelação reforça como negociações de licenciamento ainda são grandes barreiras para crossovers ambiciosos. Mesmo com a tecnologia e o desejo dos fãs ao lado, decisões corporativas e direitos autorais acabam ditando os limites da criatividade. No entanto, o sucesso de jogos como Super Smash Bros., Fortnite e Multiversus ainda mostra que a demanda por universos interconectados só cresce — e talvez um dia esse sonho olímpico possa renascer.