A ascensão e queda de Monster Hunter Wilds
Lançado com grande expectativa, Monster Hunter Wilds rapidamente se tornou um dos maiores sucessos da história da Capcom. Com um pico impressionante de 1,3 milhão de jogadores simultâneos na Steam, o título parecia imbatível logo em seus primeiros dias. No entanto, alguns meses depois, a realidade mudou: o jogo sofreu uma queda de quase 95% no número de jogadores ativos, gerando discussões acaloradas na comunidade e dúvidas sobre o futuro da franquia.
Apesar desse declínio, nem tudo está perdido. A Capcom reagiu com força: lançou atualizações gratuitas, adicionou monstros clássicos, combate subaquático e eventos temáticos que já começam a mostrar resultados. Neste artigo, vamos mergulhar nos detalhes dessa reviravolta e analisar por que Monster Hunter Wilds ainda pode triunfar, mesmo após uma queda tão brusca de popularidade.
O impacto da queda: de 1,3 milhão para 20 mil jogadores
Após seu lançamento em fevereiro de 2025, Monster Hunter Wilds atingiu números históricos, estabelecendo-se como o lançamento mais bem-sucedido da Capcom em termos de velocidade de vendas. O jogo superou 10 milhões de unidades comercializadas nas primeiras semanas, e a expectativa era de que se tornasse um dos títulos mais jogados do ano.

Entretanto, essa euforia inicial não se sustentou. Dados do SteamDB revelam que, já na última semana de junho, o número de jogadores simultâneos havia despencado para apenas 20 mil usuários. Essa queda de mais de 90% gerou preocupações dentro e fora da comunidade, levando muitos a questionarem se o jogo conseguiria se recuperar.
Atualização gratuita reacende o fogo dos caçadores
A resposta da Capcom veio em forma de conteúdo. No dia 30 de junho, foi lançada a Atualização Gratuita 2, trazendo uma série de novidades que impulsionaram momentaneamente o número de jogadores simultâneos para 133 mil — um crescimento significativo em comparação à baixa anterior.
Principais adições da Atualização 2:
- Retorno de monstros clássicos, como Lagiacrus e Seregios;
- Combate subaquático, mecânica ausente desde Monster Hunter Tri;
- Customização visual de armas, oferecendo mais identidade aos caçadores;
- Melhorias de desempenho, especialmente no PC;
- Correção de bugs que impediam o progresso de alguns jogadores.
Esse novo conteúdo gerou engajamento positivo nas redes sociais, fóruns como Reddit e comunidades no Discord, com muitos jogadores afirmando que “agora o jogo parece completo”.
Números ainda distantes do auge, mas com viés de alta
Mesmo com o pico pós-atualização, os números voltaram a cair nos dias seguintes. Três dias após o update, o total de jogadores ativos era de cerca de 68 mil, bem abaixo dos tempos de glória, mas ainda mais de três vezes maior que os 20 mil da semana anterior.

Essa flutuação é comum em jogos AAA após o hype inicial, especialmente em títulos com foco em multiplayer e progressão contínua. Outros grandes lançamentos enfrentaram curvas semelhantes.
Comparativo com outros jogos: queda generalizada no hype
Para entender melhor o que acontece com Monster Hunter Wilds, é útil analisar os dados de outros lançamentos de peso em 2025:

- Marvel Rivals: caiu de 644 mil para 93 mil jogadores;
- Fragpunk: de 113 mil para menos de 3 mil usuários ativos;
- Elden Ring: Nightreign: de 313 mil para 96 mil, mantendo base sólida, mas também em declínio.
Esses números reforçam que o desinteresse progressivo é uma realidade comum, e que o desafio está em reengajar a comunidade com atualizações significativas e conteúdo contínuo — exatamente o que a Capcom parece estar fazendo.
Monster Hunter ainda é um dos jogos mais vendidos de 2025
Apesar das críticas e da queda na Steam, Monster Hunter Wilds se mantém entre os títulos mais vendidos do ano, tanto no PC quanto nos consoles. O jogo já ultrapassou os 10 milhões de unidades e segue firme no topo das paradas, segundo dados da Capcom.
Principais motivos do sucesso comercial:
- Fã base leal e global;
- Lançamento multiplataforma (PC, PS5, Xbox Series X|S);
- Estratégias de marketing agressivas;
- Novidades significativas na jogabilidade, como mundo aberto com clima dinâmico e sistema de acampamentos móveis.

Evento sazonal promete trazer os jogadores de volta
Para manter o ritmo e aumentar a retenção, a Capcom anunciou o Festival of Accord: Flamefete, um evento sazonal que acontecerá entre os dias 23 de julho e 6 de agosto.

O que esperar do Festival of Accord:
- Novas missões limitadas com recompensas exclusivas;
- Cosméticos temáticos e armaduras especiais;
- Batalhas épicas com variações de monstros clássicos;
- Interações sociais aprimoradas nas cidades do jogo.
Esse tipo de evento é fundamental para a longevidade do título, especialmente entre os jogadores mais casuais que retornam por recompensas únicas e desafios temporários.
Críticas persistem: fim de jogo e desempenho ainda são problemas
Apesar dos avanços, nem tudo são flores. As principais críticas recorrentes ainda giram em torno de dois fatores:
1. Falta de conteúdo no endgame
Jogadores veteranos alegam que, após concluir a campanha e caçar os monstros principais, resta pouco a fazer. A ausência de raids, guildas robustas ou mecânicas de progressão além do nível de caçador tornam a experiência repetitiva a médio prazo.
2. Problemas de desempenho no PC
Mesmo após atualizações, muitos usuários ainda relatam quedas de FPS, crashes e incompatibilidades com certas placas gráficas. A otimização continua sendo um ponto sensível, especialmente para quem joga em máquinas intermediárias.
Capcom ainda domina o mercado com Monster Hunter
Apesar da queda na base ativa da Steam, o desempenho geral de Monster Hunter Wilds coloca a Capcom em uma posição invejável no mercado de games. Com resultados financeiros recordes e uma base de fãs fiel, a franquia continua sendo uma das mais valiosas da indústria.
A empresa também anunciou roadmap de conteúdos futuros, incluindo:

- Novos biomas;
- Monstros originais exclusivos do Wilds;
- Reworks em armas clássicas;
- Modo Arena PvP.
Conclusão: queda é real, mas não define o futuro
Monster Hunter Wilds enfrentou uma queda drástica no número de jogadores ativos, mas a situação está longe de ser um fracasso. Com vendas impressionantes, atualizações bem recebidas e eventos planejados, o jogo tem todas as ferramentas para recuperar seu fôlego e se manter relevante ao longo dos próximos meses.
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A Capcom parece entender que, em um mercado saturado e competitivo, manter o jogador engajado requer mais do que gráficos e marketing: exige conteúdo constante, escuta ativa da comunidade e inovações que respeitam as raízes da franquia.
Se você deixou o jogo de lado, talvez seja hora de revisitar. E se ainda não jogou, essa pode ser sua chance de entrar para a caçada com mais conteúdo e estabilidade do que nunca.
Fonte: Eurogamer