4 jogos Soulslike oficialmente mais difíceis que Dark Souls

Embora Dark Souls seja o símbolo da dificuldade nos videogames, títulos como Sekiro: Shadows Die Twice, Dark Souls 2, Nioh 2 e Dark Souls 3 conseguiram superar o clássico da FromSoftware em intensidade, complexidade e punição, exigindo domínio total das mecânicas e reflexos quase sobre-humanos.


Desde seu lançamento em 2011, Dark Souls definiu um novo padrão para o que significa ser um jogo difícil. A cada morte, o jogador aprendia — e sofria. Essa mistura de frustração e superação acabou criando um gênero inteiro, o “Soulslike”. Mas o tempo mostrou que o trono da dificuldade não é eterno. Vários títulos surgiram ao longo dos anos, alguns da própria FromSoftware, outros de estúdios independentes, e conseguiram elevar o desafio a outro patamar.

Esses jogos não apenas exigem habilidade, mas também paciência, estratégia e um domínio absoluto de suas mecânicas. Cada inimigo se torna um teste, cada chefe uma muralha. A seguir, conheça quatro jogos oficialmente considerados mais difíceis que Dark Souls — experiências que fazem até os veteranos do gênero suarem nas mãos.


Por que esses jogos superam Dark Souls em dificuldade

A dificuldade de um Soulslike não se resume apenas à força dos inimigos. O que torna um jogo realmente desafiador é a soma de elementos: design de combate, posicionamento de inimigos, punição por erros e até limitações impostas ao jogador. Dark Souls criou a base, mas seus sucessores e concorrentes decidiram testar até onde o limite humano poderia ir.

Esses quatro títulos levam o conceito de desafio a níveis quase absurdos, substituindo a paciência metódica por reflexos cirúrgicos, decisões instantâneas e sistemas complexos. Eles não apenas exigem que o jogador aprenda — exigem que ele se torne parte do jogo. Vamos entender o que torna cada um deles uma experiência tão brutal.


1. Sekiro: Shadows Die Twice — o verdadeiro teste de reflexos

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Lançamento: 22 de março de 2019
Nível de dificuldade: 4,49 / 5

Quando Sekiro: Shadows Die Twice chegou às prateleiras, até os fãs mais experientes da FromSoftware ficaram em choque. Diferente dos Souls, aqui não há como depender de escudos ou de magias à distância. O sistema de combate gira em torno da postura e do ritmo, forçando o jogador a aprender a arte do parry perfeito. Cada confronto é uma dança mortal — errar um único desvio pode significar a derrota instantânea.

O que faz Sekiro se destacar é sua precisão cirúrgica. Não há espaço para improviso; é preciso dominar o tempo dos ataques e entender o padrão dos inimigos. A cura é limitada, os chefes são impiedosos e a morte cobra um preço alto, muitas vezes reiniciando seu progresso. O jogo recompensa a excelência e castiga a hesitação. Por isso, muitos o consideram o ponto máximo da dificuldade da FromSoftware.

Além disso, Sekiro adiciona mobilidade inédita ao gênero, com ganchos, pulos e verticalidade. Isso muda completamente o ritmo de combate, tornando a ação muito mais dinâmica e exigindo atenção constante. Cada vitória é suada — e é justamente isso que torna o jogo inesquecível.


2. Dark Souls 2 — o teste de paciência e resistência

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Lançamento: 11 de março de 2014
Nível de dificuldade: 4,34 / 5

Muitos fãs consideram Dark Souls 2 a “ovelha negra” da franquia, mas não há como negar: é também um dos mais brutais. A dificuldade não vem apenas de chefes poderosos, mas da quantidade esmagadora de inimigos, do posicionamento cruel e de mecânicas que punem até a menor distração. O sistema de esvaziamento, por exemplo, reduz a barra de vida máxima a cada morte — um castigo que transforma qualquer erro em um desastre.

Ao contrário de seu antecessor, Dark Souls 2 aposta em um ritmo mais imprevisível. O jogador nunca sabe o que vem pela frente: armadilhas escondidas, emboscadas repentinas e inimigos que se multiplicam em locais estreitos. É uma experiência que exige paciência, observação e preparo constante.

Mas é justamente isso que o torna fascinante. O sentimento de conquista em Dark Souls 2 é mais intenso, porque o jogo parece querer quebrar o jogador — e falha. Sobreviver em Drangleic é uma vitória pessoal. Mesmo com suas decisões controversas, o título se firmou como um dos mais implacáveis da franquia.


3. Nioh 2 — o caos técnico elevado à perfeição

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Lançamento: 13 de março de 2020
Nível de dificuldade: 4,30 / 5

Produzido pela Team Ninja, Nioh 2 não é apenas um Soulslike — é uma aula de design de combate. O jogo mistura o estilo tradicional japonês com batalhas frenéticas que exigem reflexos instantâneos e domínio total das mecânicas. O sistema de Ki (energia espiritual) obriga o jogador a gerenciar resistência e ritmo, enquanto as posturas (alta, média e baixa) oferecem variações estratégicas que transformam completamente o campo de batalha.

Mas o que realmente eleva a dificuldade de Nioh 2 é a quantidade de variáveis que o jogador precisa dominar. Há dezenas de armas, habilidades e transformações Yokai, e cada uma delas pode ser a diferença entre a vida e a morte. Até os inimigos comuns podem acabar com o jogador em segundos se ele vacilar.

Os chefes são um espetáculo à parte — cada um mais rápido, agressivo e imprevisível que o anterior. É um jogo que exige dedicação obsessiva, e recompensa apenas os mais persistentes. Muitos jogadores o consideram mais difícil que Dark Souls justamente por essa complexidade, tornando cada vitória uma verdadeira celebração.


4. Dark Souls 3 — intensidade e perfeição em movimento

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Lançamento: 24 de março de 2016
Nível de dificuldade: 4,34 / 5

Dark Souls 3 representa o ápice técnico e emocional da trilogia. O jogo pega tudo o que funcionou nos anteriores e adiciona um ritmo muito mais acelerado, aproximando-se do estilo frenético que mais tarde veríamos em Sekiro. O resultado é uma experiência devastadora, onde cada batalha exige reflexos rápidos e atenção ininterrupta.

Os chefes estão entre os mais brutais de toda a saga, com padrões de ataque complexos e transições de fase imprevisíveis. O jogador é constantemente forçado a se adaptar, e a menor hesitação pode resultar em morte instantânea. O design das áreas também é mais denso, acumulando encontros intensos que não dão tempo para respirar.

Dark Souls 3 não é apenas o fim de uma era — é a culminação de tudo o que a FromSoftware construiu ao longo dos anos. Sua mistura de dificuldade implacável e combate refinado fez dele um clássico moderno, muitas vezes considerado mais desafiador que o original. Cada vitória é uma lembrança de que o sofrimento pode ser belo.


O que torna esses jogos tão viciantes, mesmo sendo tão punitivos?

A resposta está na sensação de superação. Nenhum desses jogos é difícil apenas por ser injusto. Eles são cuidadosamente projetados para ensinar o jogador a cada derrota. A frustração inicial se transforma em aprendizado, e o medo vira coragem. Essa progressão psicológica é o que mantém a comunidade tão fiel ao gênero.

Além disso, o design desses jogos aposta em imersão total. Os visuais sombrios, as trilhas sonoras intensas e o silêncio entre os combates criam uma atmosfera que envolve e desafia. O jogador não quer apenas vencer — ele quer dominar. Esse equilíbrio entre dor e prazer é o que faz o gênero Soulslike continuar crescendo e inspirando novos títulos.


De Sekiro a Nioh 2, passando pelos próprios sucessores espirituais de Dark Souls, o que vemos é uma evolução contínua do conceito de dificuldade. Cada um desses jogos refina o que veio antes e acrescenta novas camadas de complexidade, tornando-se obras únicas dentro de um gênero que nasceu para testar os limites.

Dark Souls pode ter criado o molde, mas os títulos que vieram depois provaram que sempre há espaço para ir além — mais rápido, mais preciso, mais punitivo. No fim, o verdadeiro desafio desses jogos não está apenas nos inimigos, mas na luta interna de cada jogador para nunca desistir.

Se você busca uma experiência que vai colocar sua paciência, reflexos e determinação à prova, esses quatro títulos são o topo da montanha. Prepare-se: o sofrimento nunca foi tão recompensador.

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