A arte de Hollow Knight se destaca pelo estilo desenhado à mão, atmosfera sombria e narrativa ambiental única. Já Silksong promete expandir essa identidade com cores vibrantes, animações mais fluidas e cenários mais diversificados, levantando a questão: conseguirá superar a obra original?
A magia artística de Hollow Knight
Quando foi lançado em 2017, Hollow Knight conquistou o público não apenas por sua jogabilidade desafiadora, mas também pela arte inconfundível. Cada detalhe foi desenhado à mão, transmitindo uma sensação quase artesanal. A combinação de tons frios — azuis, cinzas e pretos — com a iluminação minimalista ajudou a construir um mundo melancólico e misterioso. Essa escolha visual não era apenas estética, mas também narrativa, pois contava a história silenciosa de Hallownest sem depender de longos diálogos ou cutscenes.

Outro aspecto marcante da arte está no design dos personagens. O Cavaleiro, por exemplo, é incrivelmente simples, mas transmite emoção com poucos traços. Da mesma forma, NPCs e inimigos possuem identidades visuais únicas, o que facilita a memorização de cada encontro. Essa simplicidade não significa falta de profundidade; pelo contrário, reforça a atmosfera minimalista que tornou o jogo tão reconhecível e querido pela comunidade.
O salto visual de Silksong
Com Silksong, a Team Cherry decidiu ousar mais. Ao invés de manter a mesma paleta melancólica do original, o novo jogo aposta em cores mais vibrantes, como dourados, vermelhos e verdes intensos. Essa mudança não é aleatória: ela reflete o novo reino de Pharloom, muito mais vertical e diversificado do que Hallownest. Além disso, as animações da protagonista Hornet são mais fluidas e dinâmicas, transmitindo agilidade e elegância a cada movimento. O resultado é um jogo que parece ainda mais vivo, polido e detalhado.

Enquanto Hollow Knight priorizava a atmosfera sombria e a simplicidade visual, Silksong busca diversidade e intensidade. Os ambientes apresentam iluminação aprimorada, reflexos mais sutis e efeitos de partículas que enriquecem a imersão. No entanto, essa evolução não significa que o original será ofuscado. Muitos fãs ainda defendem que o charme minimalista de Hollow Knight é insubstituível, já que sua arte traduz de forma magistral a solidão e a decadência de um reino em ruínas.
A arte não é apenas pano de fundo: ela influencia diretamente na experiência de exploração e combate. Em Hollow Knight, a obscuridade das cavernas e o contraste de luz ajudavam a guiar o jogador em um ambiente desconhecido. Já em Silksong, a variedade cromática deve transmitir uma sensação de descoberta constante, ampliando a diversidade visual sem perder a atmosfera única que define a série. Essa evolução artística pode aumentar ainda mais a imersão, criando um universo que prende os olhos tanto quanto desafia a habilidade do jogador.

Com Hollow Knight: Silksong, a Team Cherry não apenas mantém a identidade artística do original, mas a expande em novas direções. O desafio será equilibrar a riqueza visual com a simplicidade que tornou a primeira obra tão especial. Se esse equilíbrio for alcançado, não apenas veremos um jogo que supera seu antecessor em detalhes gráficos, mas também uma obra-prima capaz de redefinir o padrão artístico para jogos indie 2D. unte-se à nossa comunidade no reddit DropraroNews: notícias, análises e dicas de jogos