Ghost of Yōtei: O que esperar da Ilha de Ezo em 1603?

Ghost of Yōtei promete uma nova jornada em um Japão distante do visto em Tsushima, mergulhando na cultura Ainu e no início do Período Edo.

Ghost of Yōtei leva os jogadores à Ilha de Ezo em 1603, destacando a cultura Ainu e o início do Período Edo, uma era marcada pela unificação do Japão e pela consolidação do shogunato Tokugawa.


A nova era de Ghost of Yōtei

Com lançamento exclusivo para PS5, Ghost of Yōtei chega como a aguardada continuação espiritual de Ghost of Tsushima. Mas, diferentemente da jornada de Jin Sakai contra os mongóis, agora a aventura se desenrola no ano de 1603, um momento histórico totalmente diferente — e em uma terra muito mais remota: a Ilha de Ezo, atual Hokkaido.

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Aqui, o Japão já não é um território dividido por guerras constantes. O início do Período Edo trouxe estabilidade política, após séculos de conflitos, consolidando o poder do shogunato Tokugawa. Porém, a região de Ezo permanecia fora desse domínio, sendo habitada majoritariamente pelo povo Ainu, com sua própria cultura, língua e tradições.


Atsu e a busca por vingança

No centro dessa história está Atsu, uma jovem guerreira que carrega a dor da perda. Sua família foi brutalmente assassinada por um grupo chamado Seis de Yōtei, colocando-a em um caminho de vingança e descoberta. Muito diferente do samurai Jin, Atsu representa uma nova perspectiva — alguém que precisa sobreviver e lutar em uma terra isolada, longe das cortes imperiais e dos campos de batalha tradicionais.

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Essa diferença de protagonismo abre espaço para uma abordagem mais intimista, onde cultura local e laços pessoais têm papel fundamental na narrativa. A busca de Atsu é tanto interna quanto externa, num mundo onde as tradições do povo Ainu e o choque cultural com os japoneses devem ser elementos centrais.


Ezo: uma ilha fora do domínio do shogunato

Embora o Japão estivesse sob controle dos Tokugawa, a ilha de Ezo seguia livre das mãos do shogun. Apenas o sul da região possuía presença militar nipônica. O restante permanecia sob o domínio dos Ainu, povo originário da ilha.

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Esse cenário oferece um pano de fundo perfeito para a proposta do game: uma aventura focada na resistência, nos costumes locais e nos conflitos que surgem quando culturas diferentes se encontram. Não se trata apenas de lutas ou vingança, mas da preservação de uma identidade ameaçada.


Representação cultural e respeito à história

Em um esforço para representar fielmente a cultura Ainu, a equipe da Sucker Punch contou com um conselheiro cultural que ajudou a guiar o projeto. Segundo Nate Fox, diretor do game, essa parceria foi essencial para criar uma experiência genuína — tanto que a equipe chegou a viver momentos junto à comunidade, colhendo vegetais nas montanhas e aprendendo diretamente sobre seus costumes.

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Esse cuidado não é novidade para a franquia, que já demonstrou respeito e atenção histórica em Ghost of Tsushima. Agora, em Yōtei, o desafio é ainda maior: mostrar um Japão pouco retratado na mídia, longe dos clichês e centrado em uma cultura indígena muitas vezes esquecida.


O que esperar daqui pra frente?

Com foco na exploração da ilha de Ezo, Ghost of Yōtei promete um mapa maior e mais detalhado que o visto em Tsushima, graças ao poder do PS5. Elementos culturais profundos, combate tático e narrativas emocionantes devem marcar a experiência.

Além disso, segundo entrevistas exclusivas concedidas à IGN Brasil, a equipe criativa quer oferecer uma jornada mais imersiva e inovadora, respeitando a tradição, mas sem medo de explorar novos caminhos para a franquia.

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