Dragon Ball Super homenageia de forma brilhante a Saga Cell ao recriar a icônica combinação do Kamehameha com Transmissão Instantânea, reforçando seu papel como sucessor legítimo de Dragon Ball Z.
Desde seu lançamento em 2013, Dragon Ball Super tem a difícil missão de carregar o legado de uma das franquias mais icônicas da cultura pop. Com o falecimento de Akira Toriyama, criador da obra original, muitos fãs se perguntam se a nova série está à altura de Dragon Ball Z. No entanto, o arco de Moro no mangá trouxe uma resposta clara: sim, Super é o sucessor digno. E a prova disso está em um momento específico que remete diretamente à Saga Cell, considerado um dos pontos altos de toda a franquia.


O capítulo 62 do mangá de Dragon Ball Super entrega aos leitores uma sequência memorável em que Goku combina sua Transmissão Instantânea com o Kamehameha, técnica usada originalmente contra Cell. A semelhança entre os dois momentos não é coincidência — é uma homenagem direta ao passado, com painéis que replicam poses e enquadramentos do mangá clássico de Toriyama. É o tipo de detalhe que encanta os fãs de longa data e fortalece a identidade da série atual.
Além do aspecto visual, os paralelos entre os vilões também são notáveis. Moro, assim como Cell, é um vilão que absorve energia vital para se tornar mais poderoso. Ambos os antagonistas seguem o mesmo padrão: após obterem uma nova forma, se tornam confiantes demais e permitem que os heróis se fortaleçam. Isso também é espelhado nas atitudes de Goku, que novamente oferece um Senzu ao inimigo — uma escolha controversa que ele também fez durante os Jogos de Cell.

O arco Moro é uma carta de amor à Saga Cell
Enquanto Vegeta é derrotado com facilidade, Gohan e Piccolo unem forças para distrair o vilão. O momento mais impactante ocorre quando Goku, escondido, aguarda o sinal de Piccolo para atacar. Assim que Moro se distrai, Goku se teleporta à sua frente e dispara um Kamehameha à queima-roupa, exatamente como fez com Cell. A coreografia e os ângulos do ataque são quase idênticos, destacando a intenção clara dos autores: fazer uma homenagem ao passado glorioso da série.

O resultado? Assim como Cell, Moro sobrevive graças ao seu poder regenerativo, frustrando o ataque decisivo. Ainda assim, a cena é poderosa, pois evoca a emoção da batalha clássica e mostra o quanto Super entende o valor da nostalgia. Para muitos leitores, foi o momento em que Dragon Ball Super deixou de ser apenas uma sequência moderna e passou a ser, de fato, uma continuação legítima de Z.
A estrutura da história também segue os mesmos passos. Ambos os vilões se comportam como seres superiores que subestimam seus oponentes. Eles dão tempo para os heróis se prepararem, acreditando que isso tornará a luta mais divertida — e, em ambos os casos, esse orgulho é parte de sua ruína. Esse padrão narrativo reforça a conexão entre os dois arcos e mostra que Super não apenas repete fórmulas, mas reconstrói temas com novas camadas de profundidade.
Repetição ou homenagem? Super acerta no equilíbrio
É comum que continuações tentem replicar o sucesso do passado com fórmulas conhecidas. No entanto, Dragon Ball Super acerta ao fazer disso uma homenagem emocional, e não uma simples cópia. O arco de Moro se destaca por modernizar elementos clássicos e adaptá-los a um novo contexto narrativo. Isso é percebido tanto na construção do vilão quanto na evolução dos personagens.


Diferente de Cell, Moro é um vilão místico com aparência animalesca e poderes arcanos, o que traz uma nova camada de complexidade ao confronto. Seu visual remete a um mago ancestral, o que contrasta com os inimigos biomecânicos do passado. Apesar disso, suas motivações e métodos seguem o padrão clássico dos vilões de Dragon Ball, criando um equilíbrio perfeito entre inovação e nostalgia.
Além disso, o arco explora momentos de forte impacto emocional e oferece batalhas coreografadas com maestria, algo que os fãs sentiam falta desde os tempos de Z. A utilização de técnicas icônicas, como a Genki Dama, o Kamehameha e a própria Transmissão Instantânea, mostram que Super sabe onde está pisando — e quer respeitar o legado deixado por Toriyama.
Goku repete erros do passado? Sim, e é isso que o torna humano
Outro paralelo que chama atenção é o comportamento de Goku. Durante o arco de Cell, ele cometeu o erro de dar um Senzu a seu oponente. No arco de Moro, ele repete o mesmo gesto. Para muitos, isso é uma falha de escrita — mas a verdade é que isso reforça a personalidade consistente de Goku ao longo dos anos. Ele acredita na justiça, na bondade e no potencial de redenção dos seus inimigos.

Esse padrão de comportamento não é apenas nostálgico, mas profundamente coerente. Goku é um guerreiro que luta por desafio, não por ódio. Ele quer testar seus limites e acredita que os outros também possam mudar. É essa complexidade moral que o torna tão cativante, mesmo décadas após sua criação.
Com o arco de Moro encerrado no mangá, Dragon Ball Super continua a avançar por novos territórios. O anime ainda não adaptou essa saga, mas os fãs aguardam ansiosamente por uma possível retomada da animação. Quando (ou se) isso acontecer, a expectativa é que essa homenagem à Saga Cell ganhe vida com ainda mais impacto visual.


Enquanto isso, o mangá segue explorando novos vilões, como Granolah e o retorno de Freeza com uma forma inédita. Ainda assim, o arco de Moro se mantém como um divisor de águas — o momento em que Super provou que não apenas pode viver no mesmo universo de Z, mas pode honrar e expandir seu legado com grandeza.
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fonte screenrant