Dragon Ball GT é Canônico? Criador de Dragon Ball Super Confirma que Sim

Sim, Dragon Ball GT agora é oficialmente considerado canônico por Toyotarou, o atual responsável pelo mangá Dragon Ball Super, que declarou que todas as obras da franquia fazem parte do cânone.


Dragon Ball GT é ou não é canônico?

Desde o lançamento de Dragon Ball Super, muitos fãs acreditavam que Dragon Ball GT havia sido descartado da linha oficial de histórias da franquia. Com a morte de Akira Toriyama em 2024, a discussão sobre o verdadeiro cânone da obra se intensificou. Agora, em uma declaração surpreendente feita durante a Japan Expo Paris, Toyotarou, o sucessor direto de Toriyama e autor do mangá Dragon Ball Super, confirmou que todas as obras da franquia são canônicas — inclusive GT.

Essa declaração abalou as bases da comunidade Dragon Ball. O que antes era considerado um spin-off sem o envolvimento de Toriyama, agora é tratado como parte do universo oficial. Isso inclui Dragon Ball GT, os filmes antigos, especiais de TV, OVAs como Plano para Erradicar os Saiyajins e até mesmo materiais de jogos.

Para Toyotarou, não existe um único cânone absoluto, mas sim várias linhas do tempo alternativas que coexistem dentro de um gigantesco multiverso, uma ideia já explorada em jogos como Dragon Ball Xenoverse e reforçada pelo próprio anime e mangá ao longo dos anos.


GT e Super podem coexistir?

A confirmação de Toyotarou pode parecer contraditória à primeira vista. Afinal, Dragon Ball GT apresenta uma linha temporal claramente diferente daquela de Dragon Ball Super. No entanto, o universo de Dragon Ball sempre flertou com múltiplas realidades, e o conceito de multiverso se consolidou oficialmente em Dragon Ball Super com a introdução dos Universos Paralelos.

Toyotarou explica que tanto GT quanto Super são sequências válidas, cada uma ocorrendo em realidades distintas, mas igualmente válidas dentro do cânone. Isso justifica as diferenças entre as histórias, transformações e até comportamentos dos personagens. Assim, não há mais conflito entre Super Saiyajin 4 e Super Saiyajin Blue: ambos podem existir em realidades diferentes.

A abordagem é uma forma elegante de valorizar todas as fases da franquia, incluindo aquelas criadas exclusivamente pela Toei Animation, como GT, sem apagar o trabalho original de Toriyama.


O papel de GT no legado da franquia.Apesar das críticas mistas ao longo dos anos, Dragon Ball GT tem sido lembrado com carinho por muitos fãs, especialmente por seu final emocional e sua estética diferenciada. A confirmação de sua canonicidade é um aceno à nostalgia dos anos 90 e uma forma de reintegrar personagens e ideias criadas naquela época ao universo atual.

Por exemplo, o vilão Baby, principal antagonista de GT, é amplamente elogiado por sua construção narrativa — uma criatura criada pelos Tuffles, uma raça mencionada pela primeira vez no próprio Dragon Ball Z, e que veio de ideias concebidas por Toriyama, mesmo que não diretamente por ele. Esse tipo de interligação fortalece a noção de que GT nunca esteve tão desconectado do núcleo criativo da franquia quanto se pensava.

Além disso, arcos como o do Super Androide 17 e dos Dragões das Esferas do Dragão continuam sendo referências poderosas dentro do universo Dragon Ball, prontos para serem reimaginados ou revisitados com a nova mentalidade de Toyotarou.


O multiverso como solução oficial.A explicação mais convincente para tornar tudo canônico é a adoção do conceito de multiverso, já presente em diversas mídias da franquia, especialmente nos videogames como Xenoverse, Heroes e FighterZ. Essa abordagem permite que cada linha do tempo tenha valor, mesmo que contradigam entre si em termos de cronologia ou desenvolvimento de personagens.

Toyotarou destaca que, mesmo no material clássico, o anime e o mangá de Dragon Ball nunca foram 100% idênticos. Há episódios inteiros com histórias originais no anime (fillers) que nunca existiram no mangá, mas ainda assim se tornaram queridos pelo público, como a Saga de Garlic Jr. Essa “bagunça organizada” sempre fez parte da estrutura de Dragon Ball.

Agora, com a oficialização desse ponto de vista, personagens e histórias antes consideradas “não canônicas” — como Cooler, Turles, Hatchiyack, Lord Slug e até Olibu — ganham a chance de retornarem, e muitos já foram reintroduzidos sutilmente no mangá atual.


Dragon Ball GT pode ganhar destaque novamente.Com essa mudança de paradigma, abre-se espaço para que a Toei Animation, junto com Toyotarou, explore elementos de GT em futuras produções, tanto no anime quanto no mangá. Um exemplo claro disso já é visível em Dragon Ball DAIMA, que resgata a estética visual e algumas ideias conceituais de GT, como Goku criança e aventuras em planetas desconhecidos.

Além disso, há rumores de que personagens como Baby Vegeta e Super Saiyajin 4 Goku possam ser reimaginados para aparecer nas novas sagas de Dragon Ball Super, o que antes seria improvável.

Revalorização dos filmes antigos

A nova visão de Toyotarou também resgata o valor dos 13 filmes clássicos de Dragon Ball Z, que, mesmo não se encaixando perfeitamente na linha do tempo, são agora considerados parte do cânone geral. Isso inclui a existência de Cooler, irmão de Freeza, que participou da Saga Super 17 em GT, e poderá retornar com nova abordagem.

Com a fusão dos conceitos de todos esses universos, o caminho está livre para que o mangá atual utilize qualquer elemento anterior — inclusive os mais obscuros — como parte da narrativa principal. Isso torna cada novo capítulo imprevisível e recheado de possibilidades.


O futuro do cânone está nas mãos de Toyotarou.Desde a morte de Toriyama, Toyotarou tem total liberdade criativa para guiar o destino da franquia. Ele deixou claro que tudo pode ser usado como base para novas histórias, inclusive sua antiga série amadora Dragon Ball AF. Embora ele nunca tenha dito que tornará AF canônico, o simples fato de mencionar isso demonstra como o limite entre o “oficial” e o “fan-made” está mais flexível do que nunca.

Para os fãs mais antigos, essa pode ser uma chance de reviver histórias e personagens queridos que pareciam esquecidos. Para os novos, é uma oportunidade de conhecer toda a extensão do universo Dragon Ball e descobrir que há muito mais do que apenas o que foi exibido em Super.


A confirmação de que Dragon Ball GT é canônico marca um dos maiores pontos de virada na história da franquia. Mais do que uma mudança técnica, essa decisão reflete uma nova filosofia de criação: a de que todas as histórias importam, não importa sua origem. Com Toyotarou no comando, o universo Dragon Ball se expande em direções antes inimagináveis.

O futuro agora parece mais aberto do que nunca. Seja você fã de GT, dos filmes antigos ou das novas sagas de Dragon Ball Super, uma coisa é certa: tudo faz parte do mesmo universo. E esse universo continua crescendo.

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fonte.cbr

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