O enigma do começo: Kojima brinca com o destino em Death Stranding 2
Death Stranding 2: On the Beach já está entre nós em acesso antecipado e, como era de se esperar, a nova obra de Hideo Kojima não decepciona em termos de narrativa ousada e experimentações com a quarta parede. Mas poucos imaginavam que uma das maiores surpresas do jogo estaria logo no início da campanha.
Sim, existe um “final secreto” que pode acontecer nos primeiros minutos — e ele já está dando o que falar entre os fãs.
O que acontece no começo de Death Stranding 2?
Logo após uma introdução intensa, embalada por uma trilha sonora marcante de Woodkid, somos levados ao abrigo onde Sam Bridges e Lou vivem juntos. É nesse momento que encontramos Fragile, uma figura importante do primeiro jogo, que retorna com uma nova missão: conectar o México à Rede Quiral.
Esse é o primeiro grande objetivo do jogo, conhecido como Order 2: Deliver the Chiral Network Gateway to C1. No entanto, o diferencial aqui está na liberdade de escolha oferecida ao jogador.
O “final secreto” de Death Stranding 2
No momento em que Fragile oferece a missão a Sam, o jogo apresenta um sistema de escolha de diálogos. Se você optar por recusar a missão, o jogo reinicia a cena anterior — com Sam cozinhando e Lou brincando — de forma sutil, quase como se estivesse dando ao jogador a chance de reconsiderar.
Recusar novamente faz com que o jogo reinicie mais uma vez, agora com uma ameaça cômica: levar você de volta à introdução completa do jogo, ainda nas montanhas do México.
Embora não seja um final definitivo, esse momento foi chamado de “final secreto” por muitos jogadores por quebrar expectativas e representar uma piada inteligente dos desenvolvedores — um truque que brinca com a paciência e a curiosidade do jogador.
Kojima e a arte de quebrar a quarta parede
Esse recurso não é novidade para quem acompanha o trabalho de Kojima. Desde Metal Gear Solid, o criador japonês sempre gostou de mexer com os limites do que é jogo e o que é jogador.
Em Death Stranding 2, essas brincadeiras estão mais afiadas do que nunca. Segundo os próprios desenvolvedores, há outros momentos em que o game quebra a quarta parede, mas esses só poderão ser descobertos jogando.
O sistema de escolhas impacta na história?
Apesar do impacto inicial, o sistema de escolhas de Death Stranding 2 é mais um recurso narrativo do que uma mecânica de múltiplos finais. A recusa de Sam é temporária — mais cedo ou mais tarde, o jogador precisa aceitar a missão para prosseguir.
Ou seja, o jogo simula liberdade de escolha, mas mantém a estrutura linear em sua campanha principal.
A recepção de Death Stranding 2 até agora
Segundo o IGN Brasil, Death Stranding 2: On the Beach consegue se livrar da fama de “tedioso” que afetou o primeiro título. Com jogabilidade mais dinâmica e cheia de ação, o game aposta em elementos que remetem a Metal Gear e mantém a forte carga emocional da narrativa.
“A obra traz altas doses de ação e provoca reflexões profundas sobre corporações, redes sociais, IAs, amor, amizade e depressão”, afirmou a análise.
Vale a pena explorar esse começo várias vezes?
Sim. Mesmo que o sistema de escolhas não altere profundamente a narrativa, a experimentação faz parte da experiência Kojima. Negar uma missão pode revelar pequenas pérolas escondidas na direção e no roteiro, além de te colocar em sintonia com o tom do jogo.
Conclusão: fique atento aos detalhes
Death Stranding 2: On the Beach prova, mais uma vez, que jogos são mais do que sistemas de combate ou gráficos realistas — são experiências. Logo no começo, o título desafia o jogador a sair da rotina de “aceitar e jogar”, oferecendo um momento inesperado e cheio de personalidade.
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Para quem busca novidades no universo de Kojima, Death Stranding 2 é um prato cheio. E, se você quer encontrar todos os segredos do jogo, o ideal é prestar atenção aos mínimos detalhes… até nas escolhas mais simples.
fonte IGN brasil