O Fenômeno Death Stranding e a Pandemia
Em 2019, Hideo Kojima lançou Death Stranding, um jogo que dividiu opiniões, mas que ganhou um novo e inesperado significado com a chegada da pandemia de Covid- 19 em 2020. O isolamento social imposto pela crise sanitária fez com que muitos jogadores se identificassem com a temática de um mundo fragmentado e a necessidade de reconectar pessoas, algo central na obra de Kojima. Agora, seis anos depois, a sequência, Death Stranding 2: On the Beach, chega ao PlayStation 5, trazendo consigo reflexões ainda mais profundas sobre a natureza da conexão humana em um mundo cada vez mais digitalizado e, paradoxalmente, isolado.

A Pandemia que Reescreveu o Roteiro
Em uma entrevista à Wired, Kojima revelou que já possuía uma ideia inicial para a sequência de Death Stranding antes mesmo da pandemia. No entanto, a experiência global de isolamento e a forma como a sociedade reagiu a ela o fizeram repensar completamente o projeto. “Eu já tinha uma ideia para o Death Stranding 2 antes da pandemia”, disse ele, “mas depois de passar por essa experiência, senti que algo não estava certo e a reescrevi.” [1]

O primeiro jogo, lançado antes da Covid-19, já abordava temas de isolamento e divisão, como o Brexit, e a importância de se conectar. A pandemia, no entanto, trouxe esses conceitos para a realidade de milhões de pessoas, tornando a mensagem de Death Stranding ainda mais ressonante. Kojima percebeu que a comunicação humana não deveria se limitar ao ambiente digital, e que a busca por conexões físicas e inesperadas é fundamental. Essa percepção moldou a narrativa de Death Stranding 2,

que explora ainda mais o distanciamento e a interferência da tecnologia nas relações cotidianas.
A Teoria do ‘Bastão e Corda’ e Novas Reflexões
Um dos pontos mais intrigantes levantados por Kojima é a reinterpretação da teoria do “bastão e corda”. No primeiro jogo, a “corda” representava a conexão, enquanto o “bastão” simbolizava a separação. Em Death Stranding 2, essa dualidade é aprofundada. O logotipo do novo jogo, com fios vindo de cima para baixo, remete à ideia de um “titeriteiro”, sugerindo que as conexões podem ter um lado mais complexo e até manipulador. Kojima afirma que, embora o mundo esteja conectado pela “corda” da internet, as pessoas ainda usam o “bastão” para conflitos e separação. O jogo, portanto, questiona se a conexão excessiva é sempre benéfica, e se o isolamento, em certa medida, não seria uma forma de proteção. Essa reflexão social é um dos pilares de Death Stranding 2, prometendo uma experiência narrativa rica e provocadora. [1]

“A corda, junto com o bastão, são duas das ferramentas mais antigas da humanidade.
O bastão para manter o mal afastado, a corda usada para trazer o bem para perto de nós.
Elas foram nossas primeiras amigas, invenções nossas.
Onde quer que houvesse pessoas, lá estavam a corda e o bastão.”
— De “Nawa” de Kobo Abe

Jogabilidade Aprimorada e Novas Mecânicas
Além da profundidade narrativa, Death Stranding 2: On the Beach aprimora significativamente a jogabilidade que se tornou marca registrada da franquia. O ritmo de entregas e exploração em terrenos traiçoeiros permanece, mas com mais variedade de locais e desafios. Tempestades de areia, terremotos e rios que transbordam adicionam camadas de dificuldade, forçando o jogador a planejar cuidadosamente cada passo. A sensação de combater a natureza com tecnologia futurista é intensificada, e a própria Terra parece resistir à sua digitalização crescente. [2]

O combate também recebeu melhorias notáveis. O que antes era um sistema mais rudimentar de furtividade, agora se expande com um arsenal maior e mais flexibilidade nas abordagens. A introdução de um rifle sniper tranquilizante, por exemplo, permite eliminar inimigos de forma mais estratégica. Embora não atinja o nível de complexidade de um Metal Gear Solid V, Death Stranding 2 oferece momentos de pura satisfação ao planejar ataques e lidar com imprevistos. A inteligência artificial dos inimigos, embora não seja a mais afiada, permite uma dinâmica de “brincar com a comida”, onde o caos controlado pode ser tão divertido quanto a execução perfeita. [2]

Um Jogo que Você Vai Querer Esquecer para Jogar de Novo
Death Stranding 2: On the Beach é mais do que uma sequência; é uma evolução. Ele pega os elementos experimentais do original e os refina, entregando uma experiência que é ao mesmo tempo familiar e inovadora. Com uma narrativa complexa e emocionante, jogabilidade aprimorada e um mundo visualmente deslumbrante, o jogo se posiciona como um forte candidato a “Jogo do Ano”. É uma obra que te fará refletir sobre a sociedade, as grandes corporações, a inteligência artificial e a guerra, mas, acima de tudo, sobre o significado da conexão humana. [3]

Não Perca! Jogue Death Stranding 2: On the Beach Agora!
Death Stranding 2: On the Beach já está disponível exclusivamente para PlayStation 5. Mergulhe nesta jornada épica e descubra as respostas para as questões que Kojima nos propõe. Prepare-se para uma experiência inesquecível que desafiará suas percepções sobre o mundo e as relações humanas.
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Referências
[1] Wired. (Data da entrevista não especificada). Hideo Kojima on Death Stranding 2: On the Beach. (URL da Wired aqui, se disponível) [2] IGN. (23 de junho de 2025). Death Stranding 2: On the Beach Review. https://www.ign.com/articles/death-stranding-2- on-the-beach-review [3] IGN Brasil. (Data da entrevista não especificada). Death Stranding 2: On the Beach é o jogo que mais quero esquecer para jogar como se fosse a primeira vez. https://br.ign.com/death-stranding-2/142069/review/death-stranding-