O adeus de Re:Verse e a nova chance para um clássico esquecido
No dia 30 de junho de 2025, a Capcom encerrou oficialmente os servidores de Resident Evil Re:Verse, título multiplayer lançado como um bônus para os compradores de Resident Evil Village. Sem causar impacto significativo na base de fãs, Re:Verse agora entra para a lista de jogos multiplayer fracassados da franquia — ao lado de Resistance, Umbrella Corps e Operation Raccoon City.

Contudo, essa despedida simbólica abre espaço para uma reflexão importante: e se, em vez de criar novas experiências multiplayer desconectadas da essência da franquia, a Capcom olhasse para o passado e trouxesse de volta um dos jogos mais subestimados de toda a série? Resident Evil Outbreak.
Resident Evil Outbreak: uma joia esquecida do terror cooperativo
Lançado originalmente para o PlayStation 2, Resident Evil Outbreak (2004) e sua sequência direta Outbreak File #2 (2005) foram verdadeiros pioneiros no modo multiplayer online de terror. Em plena era de conexões lentas e servidores instáveis, o jogo tentou algo ousado: colocar jogadores reais no papel de civis tentando sobreviver ao colapso de Raccoon City.

Ao contrário dos jogos principais da série, Outbreak apresentava personagens sem treinamento militar — médicos, jornalistas, seguranças e até encanadores — todos forçados a cooperar em cenários variados para escapar da infecção zumbi que assolava a cidade. Com design episódico, múltiplas rotas e finais, o título exigia cooperação, estratégia e boa comunicação — mesmo quando o suporte por voz era inexistente na época.
Apesar de tudo isso, Outbreak sofreu com o timing: a infraestrutura online do PS2 ainda era limitada, e o jogo não recebeu servidores dedicados em várias regiões, inclusive fora do Japão. A crítica também não foi generosa, com notas medianas no Metacritic (71 para o primeiro e 58 para o segundo), o que colaborou para sua obscuridade.
Mas isso está mudando.
Alyssa Ashcroft e Resident Evil 9 reacendem a chama de Outbreak
Com o anúncio oficial de Resident Evil Requiem (ou Resident Evil 9), veio uma grande surpresa: a jornalista Alyssa Ashcroft, uma das protagonistas jogáveis de Outbreak, é agora canonicamente a mãe de Grace Ashcroft, protagonista do novo capítulo da franquia.

Essa revelação resgatou um interesse gigantesco por Resident Evil Outbreak nas redes sociais e fóruns como Reddit, ResetEra e comunidades brasileiras como o Resident Evil Database. Fãs estão revendo gameplays, criando teorias e pedindo à Capcom que traga de volta essa peça fundamental da cronologia de Raccoon City.
A conexão direta entre Outbreak e Requiem confirma o que muitos suspeitavam há anos: os eventos dos jogos Outbreak são canônicos, e seus personagens têm papéis importantes na mitologia geral da série.
Por que Resident Evil Outbreak merece um remake (ou remaster) agora?
A Capcom tem apostado pesado em remakes nos últimos anos. O sucesso esmagador de Resident Evil 2 Remake e Resident Evil 4 Remake mostrou que o público quer reviver experiências antigas com gráficos modernos, jogabilidade refinada e acessibilidade para novas gerações.

Resident Evil Outbreak, nesse contexto, é um candidato ideal para um remake ou remaster em 2025/2026. Veja por quê:
1. O apelo nostálgico é real
Com milhões de jogadores que cresceram jogando PS2, existe hoje uma base sólida de fãs que lembra com carinho dos personagens como Alyssa, Kevin, Yoko, Mark e Jim. Além disso, há toda uma nova geração que nunca teve acesso aos jogos por falta de compatibilidade com consoles modernos.
2. O cenário de multiplayer online está mais maduro
Diferente de 2004, hoje os serviços online são robustos, estáveis e integrados. Jogos como Dead by Daylight e Phasmophobia provaram que há um mercado enorme para jogos de terror cooperativos. Outbreak estava à frente de seu tempo, e agora seu tempo chegou.
3. Conexão com a narrativa de Requiem
O envolvimento direto de Alyssa Ashcroft com Resident Evil 9 é a desculpa perfeita para ressuscitar Outbreak de forma oficial. Um remaster com novos visuais ou mesmo um remake completo poderia mostrar a origem da personagem e aprofundar sua história como jornalista durante o surto em Raccoon City.
4. Conteúdo rico e modular
Os cenários de Outbreak são extremamente variados e permitem até mesmo um modelo de lançamento episódico ou por temporadas, com DLCs, passes e eventos ao estilo live-service — mas com muito mais qualidade e coerência narrativa do que os tentados anteriormente por Re:Verse ou Resistance.

O que os fãs querem ver em um novo Outbreak?
Se a Capcom decidir finalmente trazer Outbreak de volta, o que os fãs esperam? Com base nos fóruns e canais especializados, eis o checklist ideal:
- ✅ Gráficos modernos com RE Engine
- ✅ Matchmaking rápido e eficiente com servidores dedicados
- ✅ Crossplay entre plataformas
- ✅ Jogabilidade adaptada, mas fiel ao original
- ✅ Novos cenários inéditos ambientados em Raccoon City
- ✅ Inclusão de modos single-player com bots
- ✅ Customização de personagens e progressão online
- ✅ Easter eggs conectando com RE2, RE3 e RE9 (Requiem)
Esse pacote reuniria o que Outbreak tinha de melhor com as expectativas do público moderno — tudo com a qualidade já esperada da Capcom em seus remakes recentes.

Capcom, a hora é agora!
A Capcom precisa compreender que Resident Evil Outbreak não é apenas um jogo cult do PS2: é uma peça fundamental da franquia que pode finalmente brilhar sob os holofotes certos. A conexão com Resident Evil Requiem criou uma ponte perfeita para um retorno triunfal.
Mais do que nunca, os fãs estão prontos. A tecnologia está pronta. O momento histórico está pronto. Falta apenas a Capcom dizer: “Sim, Outbreak está de volta.”

Considerações finais: o futuro multiplayer de Resident Evil pode começar com o passado
Em vez de apostar em experimentos multiplayer genéricos como Re:Verse ou Resistance, a Capcom deveria investir naquilo que os fãs pedem há anos: uma experiência multiplayer autêntica, atmosférica, cooperativa e aterrorizante. Resident Evil Outbreak pode ser exatamente isso.
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Remake ou remaster, não importa — o que importa é trazer de volta essa pérola esquecida e, desta vez, dar a ela o reconhecimento que merece.
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fonte IGN Brasil