Sekiro: Shadows Die Twice se passa em Ashina, uma região fictícia inspirada no Japão do final do período Sengoku, marcada por guerras e elementos sobrenaturais.
Um Japão sombrio e fantasioso: o mundo de Sekiro
Sekiro: Shadows Die Twice, desenvolvido pela FromSoftware, mergulha o jogador em uma jornada brutal e mística ambientada em uma versão ficcional do Japão feudal. O jogo se passa na região de Ashina, um local imaginário que mistura paisagens reais do Japão com uma atmosfera carregada de mitologia, espiritualidade e horror. Embora não seja um lugar histórico verdadeiro, Ashina é fortemente inspirada no período Sengoku, uma das eras mais turbulentas da história japonesa.

A escolha desse cenário proporciona uma base rica para o jogo explorar conflitos políticos, decadência de clãs e a luta por sobrevivência em meio a guerras internas. O jogador assume o papel de Lobo (Wolf), um shinobi em busca de redenção e honra, enquanto enfrenta inimigos humanos e sobrenaturais em paisagens deslumbrantes e ameaçadoras.
Ashina: Entre a tradição e o caos
A terra de Ashina está à beira do colapso. O clã governante tenta desesperadamente manter o poder contra forças externas, ao mesmo tempo em que lida com os segredos sombrios da imortalidade. É nesse contexto que Lobo se movimenta, atravessando campos de batalha, vilas abandonadas, templos profanados e castelos em ruínas.

A ambientação do jogo não apenas reforça o enredo, mas também constrói uma sensação constante de tensão. Desde as muralhas do Castelo Ashina até os perigos ocultos do Vale Submerso, cada local transmite histórias silenciosas através da arquitetura, dos inimigos e dos detalhes visuais.
Locais marcantes de Sekiro
Sekiro é conhecido por seus cenários icônicos. O Monte Kongo, por exemplo, abriga um templo budista que, à primeira vista, parece pacífico, mas logo revela corrupção espiritual. Já a Fonte Palaciana, uma área mística escondida além do mundo mortal, é um dos pontos altos visuais e narrativos do jogo.
Outros lugares como a Floresta Profunda, os Jardins Senpou e os Penhascos de Ashina revelam a diversidade geográfica e o cuidado artístico da FromSoftware. Cada ambiente é repleto de desafios únicos, inimigos adaptados ao clima local e uma ambientação que contribui diretamente para a imersão narrativa.
Influências históricas e culturais
Apesar de se passar em uma terra fictícia, Sekiro carrega fortes influências da cultura japonesa. O período Sengoku foi uma época real de guerras constantes entre clãs, traições políticas e ascensão de guerreiros lendários. Elementos como o bushido (código de honra dos samurais), os shinobi (ninja), e a filosofia budista se misturam com criaturas mitológicas e folclóricas.
A inserção de temas como a vida após a morte, a reencarnação e a corrupção da alma tornam a narrativa de Sekiro ainda mais profunda. A mistura entre o real e o sobrenatural eleva o jogo a um patamar raro, onde o cenário não é apenas plano de fundo, mas protagonista da jornada.

Conexão entre cenário e jogabilidade
O mundo de Sekiro não é apenas belo — é mortal. As estruturas verticais dos templos e castelos foram desenhadas para permitir que o jogador use sua prótese ninja com liberdade, explorando o ambiente com mobilidade vertical. A arquitetura influencia diretamente o combate e a abordagem dos inimigos, tornando a exploração mais estratégica.
Além disso, o design dos cenários incentiva a experimentação e revela segredos escondidos. Itens raros, atalhos e NPCs fundamentais estão espalhados por todo o mapa. A interatividade entre cenário e história é um dos maiores triunfos do jogo.

Um Japão reinventado com perfeição
Sekiro: Shadows Die Twice se destaca não apenas por sua jogabilidade desafiadora, mas pela maneira como constrói uma narrativa visual forte e coerente. Ashina é mais do que um cenário fictício: é um reflexo sombrio de um Japão que existiu e que foi reimaginado com liberdade criativa. A fusão entre o real, o espiritual e o fantástico torna cada local memorável e cheio de significado.