Desde a morte de Akira Toriyama em março de 2024, o futuro de Dragon Ball Super passou a ser uma das maiores incógnitas do mundo dos animes. Fãs estão ansiosos, a internet vive repleta de rumores e teorias, mas uma coisa é certa: o retorno de Dragon Ball Super é inevitável. A questão agora é como esse retorno acontecerá — e, mais importante ainda, que mudanças são necessárias para que a franquia continue relevante sem seu criador original.

Neste artigo, vamos analisar os sinais que apontam para o retorno do anime, os erros do passado que não podem se repetir, a importância de Toyotarou no futuro da série e por que adaptar os arcos Moro e Granolah é o caminho certo para manter a qualidade que os fãs exigem.
O legado de Akira Toriyama e a incerteza após sua morte
Akira Toriyama não foi apenas o criador de Dragon Ball. Ele foi o coração da franquia por mais de três décadas. Mesmo quando a Toei Animation assumiu a produção do anime, foi sob sua supervisão e direção criativa que surgiram momentos marcantes como Dragon Ball Super: Broly e Super Hero.


Com sua morte, surgiu um vácuo criativo. Desde então, a Shueisha e a Toei Animation mantêm silêncio sobre o futuro do anime, embora o mangá continue sendo publicado regularmente na revista V Jump. Isso indica que a franquia não morreu, mas está sendo cuidadosamente reavaliada.
Por que Dragon Ball Super precisa se reinventar
A primeira fase de Dragon Ball Super (2015-2018) teve altos e baixos. Embora o arco do Torneio do Poder tenha marcado um ponto alto na animação e no enredo, muitos episódios anteriores sofreram com problemas de qualidade gráfica, ritmo irregular e histórias mal desenvolvidas. Isso deixou parte do público dividida.

No entanto, o mangá continuou evoluindo. Com roteiros supervisionados por Toriyama e artes de Toyotarou, os novos arcos criaram uma narrativa sólida, coesa e com desenvolvimento de personagens que superam o que vimos no anime.Portanto, a grande mudança que Dragon Ball Super precisa é clara: a próxima fase do anime deve adaptar fielmente o mangá.
Arco de Moro: magia, mistério e evolução de personagens
O Arco do Prisioneiro da Patrulha Galáctica, também conhecido como Arco de Moro, é o primeiro grande arco exclusivo do mangá após o final do anime. Nele, somos apresentados a Moro, um vilão mágico com poderes de absorção de energia planetária — algo inédito na franquia.

Esse arco se destaca não só pela ameaça única, mas também pelo desenvolvimento de Goku e Vegeta como guerreiros e indivíduos. Vegeta, por exemplo, viaja até o planeta Yardrat (aquele da famosa técnica da Transmissão Instantânea) e aprende uma nova habilidade chamada Espirit Fission, que se mostra essencial no combate contra Moro.Além disso, o arco mostra um Goku mais maduro, consciente da responsabilidade que carrega como defensor da Terra, além de aprofundar a mitologia cósmica do universo Dragon Ball com a Patrulha Galáctica e novos planetas.
Arco de Granolah: novos poderes, revelações e o nascimento do Ultra Ego
Logo após o arco de Moro, temos o Arco do Sobrevivente Granolah, que introduz elementos ainda mais ousados na narrativa. Granolah, último sobrevivente da raça Cereal, deseja vingança contra os Saiyajins e usa as Esferas do Dragão de seu planeta para se tornar o guerreiro mais poderoso do universo.Esse arco traz revelações surpreendentes, como o passado de Bardock — pai de Goku — e sua conexão direta com Granolah. Pela primeira vez, temos uma visão mais humana e heróica de Bardock, que até então era retratado como um guerreiro frio.

É também nesse arco que Vegeta ganha uma nova transformação: o Ultra Ego, uma forma que canaliza o orgulho e a natureza destrutiva dos Deuses da Destruição. Enquanto Goku aprofunda seu Instinto Superior, Vegeta segue um caminho oposto, mas igualmente poderoso.Essas transformações não só renovam o hype entre os fãs, como também equilibram a rivalidade entre os dois protagonistas de forma inédita.
Black Freeza: o próximo grande vilão?
No final do arco de Granolah, surge uma nova ameaça: Black Freeza. Muito mais poderoso que Goku e Vegeta combinados, essa nova forma do vilão clássico levanta questões sobre o próximo arco e os reais limites dos guerreiros Z.A presença de Freeza garante não só nostalgia, mas também uma ameaça crível, já que ele passou anos treinando em realidades temporais alternativas. A expectativa de vê-lo em ação no anime é gigantesca — e um prato cheio para os fãs mais antigos.



Por que Toyotarou é a melhor aposta para o futuro da série
Toyotarou não é apenas o desenhista de Dragon Ball Super. Ele foi escolhido pessoalmente por Toriyama como seu sucessor espiritual. Durante a última década, ele trabalhou lado a lado com o criador original, sendo o único capaz de desenhar e compor painéis que replicam com fidelidade o estilo clássico de Dragon Ball.

Após a morte de Toriyama, Toyotarou já demonstrou sua capacidade de continuar a série com dignidade e respeito ao legado. O one-shot lançado em fevereiro de 2025, baseado apenas em notas deixadas por Toriyama, foi amplamente elogiado pelos fãs.Diante disso, o futuro de Dragon Ball não está apenas em continuar — está em permitir que Toyotarou lidere a franquia daqui para frente, com liberdade criativa e apoio técnico da Toei.
A hora é agora: anime precisa adaptar os arcos do mangá
Com Dragon Ball Daima já lançado e explorando uma proposta mais leve e nostálgica, o palco está livre para o retorno oficial de Dragon Ball Super com foco nos arcos canônicos do mangá. A Shueisha e a Toei precisam entender que os fãs não querem mais filler, nem adaptações livres — eles querem ver Moro, Granolah e Black Freeza em tela, com a qualidade e fidelidade que o legado de Toriyama exige.Se essa direção for seguida, a série poderá alcançar um novo auge, com um time de lutadores poderosos (Goku, Vegeta, Gohan, Piccolo e Broly), vilões carismáticos e um roteiro já testado e aprovado.

o futuro é promissor, se a Toei tomar a decisão certa
Dragon Ball Super ainda tem muita história para contar. Com o respaldo do mangá, a direção criativa de Toyotarou e o apoio da comunidade de fãs, a série pode voltar com tudo — desde que siga o caminho certo. A era Toriyama deixou um legado impecável, mas agora é hora de confiar em quem ele escolheu para continuar esse universo.A adaptação dos arcos de Moro e Granolah não é apenas o passo lógico, é a única escolha que pode honrar o passado e garantir o futuro de Dragon Ball Super.
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